sábado, 31 de julho de 2010

ABELHA MAMANGAVA


As abelhas Mamangavas são nativas e tem tamanho avantajado. Elas são responsáveis pela polinização de muitas plantas como por exemplo o maracujazeiro.

Imagem extraida de: Manejo de Polinizadores em Agrossistema, I Congresso Nordestino de Apicultura e Meliponicultura, Salvador- BA, 2009.
Em algumas comunidades rurais de Maragogi - AL observei que muitas dessas abelhas constroem seus ninhos nas estacas que servem de sustentação para os maracujazeiros. Muitas dessas estacas após sua vida util são arrancadas e amontoadas para posteriormente serem queimadas em fornos de casa de farinha ou na residências dos próprios agricultores.

As estacas ao serem lançadas no chão produz um impacto que causa a morte das crias de abelhas, que estão dentro das mesma. Estes ninhos posteriormente ficam expostos a ataques de inimigos naturais, como as formigas.
Após a identificação deste e outros problemas, convidei os produtores de maracujá desta comunidade para uma palestra onde destaquei a importancia da preservação da abelha Mamangava para o aumento da produção de maracujá bem como seus benefícios para a biodiversidade local.

O que me chamou atenção durante a palestra foi a falta de informação de muitos agricultores sobre os benefícios que estas abelhas proporcionam para o aumento da produção de maracujá. Ouvi relatos de que alguns agricultores matavam as abelhas Mamangavas pensando que eram bizoros perigosos (pois quando agredidas podem ferroar) e prejudicavam a produção dos maracujazeiros. Outros prendiam as abelhas fechando os orifícios de entrada de seus ninhos nos buracos de pau, que consequentimente morriam. Após a palestra percebi que muitos agricultores ficaram sensibilizados e conscientizados em preservar estas abelhas e não proceder com as práticas prejudiciais as mesmas, pois sua presença nos plantios de maracujá só lhes trariam benefícios. Além do mais são nativas e estão acobertadas pela Lei de Proteção a Fauna (Lei nº 5.197 de 03 de janeiro de 1967).




Alberto
 
                                                       Barreiros-PE, 31 de julho de 2010.

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